segunda-feira, 24 de maio de 2010

NO PT TENTATIVA DE SUBORNO

do blog do Garrone
A banda do PT contrária a aliança com Roseana Sarney (PMDB) no Maranhão, manteve a decisão do encontro do partido realizado no último sábado e apresentou na tarde desta segunda-feira, na sede do diretório estadual do PT em São Luís (MA), a chapa majoritária formada em aliança com o PC do B e PSB.
Estavam presentes os pré-candidatos a governador, Flávio Dino (PC do B), a vice, a ex-deputada federal Terezinha Fernandes (PT) e ao Senado, o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) e o dirigente partidário, Ubirajara do Pindaré (PT), todos aprovados pela maioria dos delegados petistas presentes ao encontro de sábado.
O vice-presidente do diretório estadual do PT, Augusto Lobato, ressaltou que não houve nenhum comunicado oficial da direção nacional do partido, inviabilizando o encontro.
- Estamos cumprindo o que determina o nosso estatuto, que está acima dos desejos pessoais de A ou B, e somente uma intervenção poderá mudar esse quadro – avisou.
Intervenção que na ótica do secretário de organização do partido e pré-candidato ao Senado, Ubirajara do Pindaré, não há razão de ser, pois ela só poderá acontecer se houver um processo disciplinar que o justifique, o que não é o caso do Maranhão.
- Nós não infringimos nenhuma norma partidária e nem ferimos as diretrizes do Congresso do partido. Não acreditamos que o comando do PT vá levar essa mácula para a campanha de Dilma Russef – observa.
Sobre a determinação do presidente Lula em apoiar a aliança com a família Sarney no Maranhão, Pindaré foi irônico:
- No nosso estatuto a base é soberana e não há previsão de caciques políticos – alfinetou.
O pré-candidato do PC do B ao governo, Flávio Dino, aproveitou para destacar que o seu partido em reunião ocorrida no último final de semana em São Paulo, reafirmou a sua candidatura e que iria cobrar o apoio do PT no Maranhão.
- Em 26 estados estamos apoiando o PT, e esperamos que ele nos apóie no Maranhão – avisou.
Dino também destacou que a aliança proposta para 2010 é a mesma de 1989, na primeira candidatura de Lula quando se formou a Frente Brasil Popular e a mesma de 2006, quando Sarney já era aliado de Lula, e Roseana saiu candidata a governadora do Maranhão sem o apoio do PT.
-Por que isso agora? Somos aliados históricos e comprometidos com a mudança no nosso estado, onde o povo amarga a miséria e o abandono – disse.
A candidata a vice-governadora, Terezinha Fernandes (PT), ressaltou que eles não estão confrontando a direção nacional do PT, mas cumprindo o que a ampla maioria decidiu.
- Estamos cumprindo o que é melhor para a democracia interna do PT e o melhor para o povo do Maranhão que não suporta mais conviver com o atraso. O Brasil inteiro se desenvolve e o nosso estado continua com os piores índices sociais do País.
Suborno – É esperado para esta quarta-feira a presença em São Luís de uma comissão do diretório nacional para investigar as denúncias veiculadas pela revista Veja, de que emissários da família Sarney estariam tentando comprar delegados petistas para mudarem o voto e passarem a apoiar a aliança com o PMDB, por valores que variam de R$ 20 mil e R$ 40 mil.
Presente ao ato de apresentação da chapa majoritária, o delegado Francivaldo Coelho, citado pela revista, reafirmou que recebeu em um estacionamento de um shopping em São Luís a oferta de R$ 40 mil para mudar o seu voto, feita pelo petista Rodrigo Comerciário. E acrescentou que recebera também proposta de emprego no governo Roseana Sarney.
.- Ele veio me ofereceu emprego e depois voltou me oferecendo os R$ 40 mil. Tenho provas testemunhais e materiais, no caso do dinheiro, mas não tenho como provar a oferta de emprego – avisou.
Coelho disse que só apresentaria essas provas à comissão nacional do partido que investiga o caso. Elas seriam um áudio com o teor da conversa entre ele e Rodrigo Comerciário.
- Não quero causar mais desgastes ao partido – justifica.
O autor da proposta, Rodrigo Comércio chegou a ser candidato a vice-prefeito de São Luís em 2008 na chapa com o próprio Flávio Dino, mas mudou de lado antes do encontro do dia 26 de março que definiu pelo apoio ao comunista.
Logo após ele indicou o secretário de Desenvolvimento Social do governo Roseana Sarney, o também petista, Edmilson Santos.




Cúpula do PT aumenta pressão para fechar aliança em favor de Roseana
Qui, 03 de Junho de 2010 10:52 |
A visita do secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Cardoso (SP), e do secretário de Organização, Paulo Frateschi, a São Luís traduziu-se ontem no aumento da pressão da cúpula nacional petista em favor de uma aliança com o PMDB no Maranhão. Sem meias palavras, Cardoso e Frateschi deixaram claro que o presidente Lula exige um palanque único da candidata Dilma Rousseff e da governadora Roseana Sarney, que nas urnas do próximo mês de outubro disputará a reeleição.

Os dois emissários da cúpula petista concluíram sua missão, no começo da tarde de ontem, e fizeram questão de dizer que não vieram a São Luís com o suposto propósito de apurar denúncias de compra de votos, no Maranhão, para favorecer uma aliança do PT com o PMDB. Ambos foram enfáticos ao afirmar que não vieram fazer sindicância e sim “construir o entendimento”, com a prioridade de fortalecer a aliança nacional – do PT com o PMDB – tão almejada pelo presidente Lula e pela cúpula petista.

“Saio daqui esperançoso de que poderemos encontrar um denominador comum, que permita equacionar a questão do Maranhão”, afirmou José Eduardo Cardoso, quando indagado sobre a apuração da denúncia publicada pela revista Veja, dando conta de que delegados petistas teriam sido cooptados mediante pagamento em dinheiro para apoiar a tese de aliança com o PMDB.

Cardoso e Frateschi ouviram os delegados citados na matéria da Veja e outros membros do partido e afirmaram, no começo da tarde de ontem, que o desfecho desta questão política tem um prazo: o próximo dia 11. Segundo informou Cardoso, caberá à Direção Nacional qualquer decisão em relação ao caso e a política de aliança no Maranhão.

Ele confirmou para o dia 11 a decisão final sobre a questão. O secretário-geral disse que a denúncia repercutiu mal para o PT e por isso vieram a São Luís apurar a situação. “A vinda da direção nacional ao Maranhão foi importante e ajuda muito no processo de diálogo entre todos os membros da direção estadual”, declarou José Eduardo Cardoso, logo após a reunião final realizada na sede do PT/MA, na Rua do Ribeirão.

“Os fatos aqui apurados nós vamos relatar à direção nacional, para que sejam definidas as providências que devem ser tomadas. Mas o que eu sinto é que existe uma possibilidade de entendimento. Nós temos aqui lideranças maduras, gente que ajudou a construir o PT, gente responsável e identificada com o projeto maior do partido. Portanto eu acredito que nós temos condições de encontrar um denominador comum”, afirmou Cardoso.

Questionado sobre o saldo da visita, Cardoso explicou que não veio a São Luís, para formalmente, recolher depoimentos. “Nós apenas conversamos. Não viemos aqui para fazer uma sindicância. Nós conversamos com as pessoas, e esse diálogo serviu para se verificar que procedimentos internos poderão ser adotados pelo partido”, declarou Cardoso.

Confronto de opiniões – Estes foram os delegados que deram depoimento pró-Flavio Dino: Marcelo Belfort (Ribamar Fiquene), Francivaldo Coelho (Cururupu), Arnaldo Colaço (São Luís) Iranilton Araújo Avelar (Urbano Santos) e Maria de Lourdes Moreira da Silva (Buriti). Eis os delegados que se manifestaram a favor da aliança com Roseana Sarney: Rodrigo Comerciario (São Luís), Edmilson Carneiro (Vargem Grande), Fernando Magalhães (São Luís) e Zé Paulo (Governador Edison Lobão).

De acordo com o advogado Antônio Pedrosa, que acompanhou os depoentes, foram muito consistentes as denúncias e com prova concreta de gravação de conversas. Quanto à reunião com os dirigentes do PT Nacional com a Comissão Executiva Estadual eles propuseram que os campos pró-Flávio e pró-Roseana Sarney sentem chegar a um acordo e que eles poderão estar retornando ao Maranhão antes do dia 11 de junho, que é quando a direção nacional do PT vai decidir sobre a situação.

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