DEFENSORIA E OAB SE REÚNEM COM COMUNIDADES AMEAÇADAS POR “VIA EXPRESSA”
Representantes da Defensoria Pública do Estadual (DPE) e da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estiveram, esta semana, reunidos com lideranças comunitárias do entorno do bairro do Cohafuma, na capital, para conhecer os possíveis impactos da construção da “via expressa”, avenida que pretende interligar a Avenida Carlos Cunha, no Jaracati, à Daniel de La Touche, no Maranhão Novo.
Na reunião, ocorrida na sede da Igreja Batista Vida, moradores da área relataram que, além de alguns prédios da Rua da Filosofia, casas do Sítio Santa Eulália, do Recanto Roseana Sarney e das Vilas Marinha, Progresso e Buriti, ocupações informais habitadas em sua maioria por pessoas de baixa renda, podem ser atingidas pelo projeto viário do Governo do Estado.
Segundo a moradora Maria das Graças Machado, residente na Rua da Independência, muitas famílias já foram cadastradas e tiveram suas casas fotografadas, supondo que seja para o recebimento de uma indenização.
Para o advogado Rafael Silva, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, se não for possível alterar o projeto e garantir a permanência das famílias em seus locais atuais de moradia, é preciso encontrar uma solução para o problema habitacional que estará sendo gerado pelo poder público, pois os valores das indenizações dificilmente possibilitarão a aquisição de casas no Cohafuma ou nas proximidades.
Na oportunidade, o defensor público Alberto Guilherme Tavares, do Núcleo de Moradia da DPE, disse que já foram requeridas informações detalhadas acerca do projeto da “via expressa” às Secretarias de Estado das Cidades e de Infraestrutura, e que estas, juntamente com a Prefeitura de São Luís, serão chamadas para discutir o empreendimento e seus impactos com as comunidades afetadas.
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