Como era de se esperar, o Senador Weverton Rocha não apoiará o ex-governador Flávio Dino para o Senado. Decisão inevitável pelo andar natural da carruagem.
Uma ruptura política sincera exige consequências. O eleitor dificilmente iria compreender porque Weverton apoiaria Dino dentro desta ambiência de ataques recíprocos. E a tendência é que o embate piore, até o dia das eleições.
O anúncio abre espaço para outra disputa, desta vez, dentro da candidatura do Senador do PDT. A ala mais conservadora de apoiadores prefere apoiar um candidato a senador do campo do bolsonarismo e já está fazendo pressão para isso.
Já fazem aproximações perigosas Josimar do Maranhãozinho (PL) e Roberto Rocha (PTB). Se Weverton embarcar nessa história perderá aliados e votos, com certeza.
Bolsonaro será derrotado fragorosamente no Maranhão, confirmando uma tendência histórica do Estado, nas últimas eleições. E Weverton não poderá subir no palanque de Lula ao lado de um candidato a Senador bolsonarista.
A candidatura do PDT no Maranhão terá que resolver suas contradições internas para escolher o caminho: ou vai com Lula e seus eleitores ou segue com Bolsonaro.
Para concorrer com Dino o candidato a senador do campo pedetista terá que ter um perfil progressista, capaz de somar na crítica aos limites dos governos dinistas, sempre no sentido de manutenção do que foi bom e de superação dos equívocos.