sábado, 13 de novembro de 2010

Autoridades do MA sabiam que rebelião iria acontecer, diz OAB

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qua, 10/11/2010 - 13:47 — danilo
Norte | Direitos humanos


A rebelião ocorrida na Penitenciária de Pedrinhas, em São Luís (MA), e que terminou com a morte de 18 presos, já era de conhecimento das autoridades. De acordo com o presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no estado, Luís Antonio Pedrosa, há 15 dias a OAB alertou que os detentos estavam organizando o motim.

Segundo ele, a rebelião foi motivada pelas precariedades das instalações no presídio e pela ligação de agentes do Estado com traficantes que estão na Penitenciária.

“Os presídios do estado são verdadeiras pocilgas. O presídio onde ocorreu a rebelião ficou recentemente 25 dias sem água. Os presos fazem denúncias de maus tratos e tortura. Eles querem o afastamento do diretor. O sistema prisional maranhense também convive com um grupo de agentes públicos, consorciados com alguns presos que têm privilégios. Os presídios do estado são um mercado privilegiado do tráfico de drogas. Qualquer ação que queira coibir esses privilégios tem como resposta esses motins.”

A Penitenciária de Pedrinhas tem capacidade para dois mil presos. Atualmente, ele está com aproximadamente quatro mil. Ainda segundo Pedrosa, há dias em que celas com 16 detentos recebem apenas um litro de água para dividir entre eles. Ele afirma que os atuais acontecimentos evidenciam a falência do sistema prisional do Maranhão.

“A classe política maranhense faliu junto com o sistema prisional. Todos os grupos políticos que assumiram o poder nos últimos anos não tiveram a capacidade de reformular o sistema prisional. Nem mesmo tiveram capacidade de investigar as violações de direitos humanos.

De São Paulo, da Radioagência NP, Danilo Augusto.

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