sábado, 20 de abril de 2013
A polícia do latifúndio
Dia 17 estive numa audiência possessória em Maracaçumé, distante cerca de 190 km de São Luís. A área em litígio envolve o Povoado Vilela e uma fazendeiro sulista. O conflito ocorre com a chegada do latifundiário, que impede os trabalhadores de fazerem suas roças e pretende cercar a área. Os trabalhadores rurais alegavam que estavam encontrando dificuldades para registrar ocorrências na delegacia local. A princípio até se poderia pensar que a alegação seria exagerada, mas vi com os próprios olhos um PM chegar ao fórum, junto com o fazendeiro e seus jagunços. Na saída, registrei a foto, onde se pode ver que nem a farda constrange mais o bico para o latifúndio. Diferentemente do caso de Codó - onde os PMs que faziam o papel de jagunços não usavam farda e eram reformados - esse aí está na ativa e não se intimidou nem dentro de um fórum da justiça. Na saída, senta-se orgulhosamente ao lado do latifundiário, num veículo particular conduzido pelo fazendeiro. A pergunta é: qual é o papel da polícia nos conflitos pela posse da terra no Maranhão? Nem precisa responder, no caso de Maracaçumé.
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