Na segunda manifestação por segurança, moradores do Cohatrac
fazem passeata até o retorno da Forquilha. Secretário agendou reunião com
moradores na sexta-feira
Michel
Sousa
Publicação: 22/10/2013 19:38
Atualização: 22/10/2013 20:07
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Cerca de mil pessoas, segundo estimativa da Polícia
Militar, protestaram na tarde desta terça-feira contra a violência e insegurança
existentes no Cohatrac I, II, III, IV e V; Jardim das Margaridas; Primavera; Alvorada; Itaguará; e Cohabiano. O grupo de
moradores se concentrou em frente à Praça da Igreja Nossa Senhora de Nazaré, no
Cohatrac II, e seguiu em passeata pelas principais ruas do bairro e seguiram até
o retorno da Forquilha, onde interromperam o trânsito no sentido Cohab -
Forquilha. Durante o percurso os moradores do Cohatrac clamavam por paz e pela presença da
governadora Roseana Sarney na missa de sétimo dia de Manoel Neto, morto no
último fim de semana em um latrocínio. Além disso, convocavam e ganhavam o apoio
dos moradores do próprio bairro, assim como moradores da Cohab e Forquilha que
fortaleceram o movimento, embora de forma breve.Para
Nelton Bruno, 23 anos, estudante universitário e um dos organizadores da
manifestação que atraiu centenas de pessoas, o ato tinha dois objetivos
distintos: marcar uma reunião com o secretário Aluízio Mendes para discutir
soluções e sugerir ações capazes de garantir a segurança da comunidade como, por
exemplo: rodas policiais nos horários de 6h as 8h; 12h às 14h; 18h às 20h; e 22h
às 23h. Outra medida seria a realização de blitzes e revistas nas entradas e
saídas do bairro. O outro objetivo do manifesto é a reunião com a governadora
para debater a segurança pública de maneira geral, envolvendo todo o
estado.Reforço na segurançaNo Cohatrac a sensação é de
abandono. Em várias ruas do bairro é possível encontrar residências
transformadas em verdadeiras fortalezas cercadas por grades e com cercas
elétricas, tudo para evitar ações de criminosos. Até mesmo as casas que ficam em
frente ao 8º Batalhão de Polícia Militar são completamente gradeadas.
Para Fernando Bruno Bastos Ferreira, 21 anos, o sentimento de
insegurança e impotência diante da ação de criminosos é algo que tira o sono de
muitas famílias. “Saímos de casa e não sabemos se vamos retornar ou acabar
mortos durante um assalto. Há bem pouco tempo mesmo fui roubado dentro de um
ônibus na porta de casa. É um absurdo viver assim e as autoridades não fazerem
nada”, afirmou o estudante universitário.
O Comando de Policiamento
Metropolitano informou que o Cohatrac é atendido pelas viaturas do ronda da
comunidade 24 horas por dia. Segundo o Major Wellington Araújo, comandante do 8º
BPM, a ‘Operação Sossego’ está sendo deflagrada no Cohatrac desde o último fim
de semana.
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