Fundação Lauro Campos
Hoje é um dia histórico aqui no Brasil. Quando há 10 anos
fomos expulsos do PT, por não aceitar a adaptação daquele partido à ordem e,
conscientemente, começamos a construção de um novo partido (o PSOL), muitas
foram as discussões, acusações e, inclusive, calúnias.
Alguns se incorporaram em nosso projeto imediatamente, outros após o mensalão, muitos seguem aproximando-se. Tínhamos três certezas: 1) que a conversão da direção do PT em colaboradora da burguesia nacional e do partido em parte da ordem era irreversível. 2) que a estabilidade capitalista, por melhores que fossem as intenções dos reformistas do PT, não evitaria que novas ondas de lutas sociais aparecessem, pois o capitalismo dependente não atenderia às necessidades da maioria. 3) que a ausência do PT à frente destas lutas, colocariam a necessidade objetiva de uma alternativa política para o país.
As repercussões destas conclusões, que outrora foram acusadas de “apressadas”, na realidade pós-Revolta de Junho cada vez mais atualizam-nas. Para garantir os negócios da burguesia nacional em aliança com os capitais internacionais (dirigidos pelos chineses), o Governo do PT, Sarney, Paes e Cia. não só descumpre suas bravatas de campanha, como está utilizando o Exército e a Tropa de Choque para reprimir os protestos, mantendo 200 petroleiros grevistas em cárcere privado e sendo feridos. Lembrou a repressão do ato contra a privatização da Vale. Lembrou que é necessário impulsionar as lutas, resistir forte às ofensivas da repressão promovida pela nova e a velha direita. Lembrou que é imprescindível construir uma alternativa política dos de baixo que supere a traição do PT.
Não se pode deixar vazios na política e por isso construímos o PSOL, com todos os erros, acho que no essencial acertamos. O RJ é o posto avançado da Revolução Brasileira e da afirmação de que nada deve parecer impossível de mudar! Havia petistas que diziam que não daria para tomar medidas de mudança profunda, pois geraria um conflito em uma situação desfavorável, de refluxo do movimento de massas. Foi não tomá-las que precipitou os conflitos e foram os conflitos que mudaram a situação desfavorável. O PT já estava do outro lado, só restou fazer o de sempre: reprimir para entregar o país. Espero que os honestos vejam que o PT esgotou-se como um partido de esquerda, aos desonestos só podemos prometer vingança.
Bernardo Corrêa é presidente do PSOL Porto Alegre e sociólogo da Fundação Lauro Campos.
Alguns se incorporaram em nosso projeto imediatamente, outros após o mensalão, muitos seguem aproximando-se. Tínhamos três certezas: 1) que a conversão da direção do PT em colaboradora da burguesia nacional e do partido em parte da ordem era irreversível. 2) que a estabilidade capitalista, por melhores que fossem as intenções dos reformistas do PT, não evitaria que novas ondas de lutas sociais aparecessem, pois o capitalismo dependente não atenderia às necessidades da maioria. 3) que a ausência do PT à frente destas lutas, colocariam a necessidade objetiva de uma alternativa política para o país.
As repercussões destas conclusões, que outrora foram acusadas de “apressadas”, na realidade pós-Revolta de Junho cada vez mais atualizam-nas. Para garantir os negócios da burguesia nacional em aliança com os capitais internacionais (dirigidos pelos chineses), o Governo do PT, Sarney, Paes e Cia. não só descumpre suas bravatas de campanha, como está utilizando o Exército e a Tropa de Choque para reprimir os protestos, mantendo 200 petroleiros grevistas em cárcere privado e sendo feridos. Lembrou a repressão do ato contra a privatização da Vale. Lembrou que é necessário impulsionar as lutas, resistir forte às ofensivas da repressão promovida pela nova e a velha direita. Lembrou que é imprescindível construir uma alternativa política dos de baixo que supere a traição do PT.
Não se pode deixar vazios na política e por isso construímos o PSOL, com todos os erros, acho que no essencial acertamos. O RJ é o posto avançado da Revolução Brasileira e da afirmação de que nada deve parecer impossível de mudar! Havia petistas que diziam que não daria para tomar medidas de mudança profunda, pois geraria um conflito em uma situação desfavorável, de refluxo do movimento de massas. Foi não tomá-las que precipitou os conflitos e foram os conflitos que mudaram a situação desfavorável. O PT já estava do outro lado, só restou fazer o de sempre: reprimir para entregar o país. Espero que os honestos vejam que o PT esgotou-se como um partido de esquerda, aos desonestos só podemos prometer vingança.
Bernardo Corrêa é presidente do PSOL Porto Alegre e sociólogo da Fundação Lauro Campos.
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