segunda-feira, 14 de outubro de 2013
A desorientação de um grupo político
Foto Jornal Pequeno
A Força Nacional já está em São Luís, para cuidar da sensação de segurança. Alguns já até respiram aliviados, como se nossa salvação tivesse chegado, finalmente.
Apenas lembramos eles irão embora, mas os problemas estruturais do sistema permanecerão, se não houver vontade política para resolvê-los.
Já é perceptível que temos um Secretário de Segurança em dificuldades, em diferentes aspectos. Em primeiro lugar, as que se referem à suas limitações pessoais. Aluísio vê no Estatuto da Criança e do Adolescente a causa da criminalidade. Depois, vê no Poder Judiciário outra causa, apegando-se ao velho chavão "a polícia prende e a justiça solta". Em segundo lugar, o secretário tem as limitações estruturais do sistema como obstáculo à boa gestão. Por exemplo, nosso estado ocupa a última colocação na distribuição de policiais por habitantes. Um terço dos delegados se aposentarão este ano de 2013. O sistema penitenciário trabalha com déficit histórico de agentes e não consegue se libertar da perspectiva de terceirização, muito embora seja a galinha dos ovos de ouro para os caciques políticos de plantão.
No plano macropolítico, assistimos a desorientação de governo. Não é possível fazer boa gestão com a desorientação política hoje instalada. As falas defensivas são apressadas e contribuem para isolar o governo de vários setores importantes da sociedade. Não há coordenação política racional e capacitada para debater sobre o tema da segurança e muito menos de presídios.
Exemplo disso foi o artigo recente, do Senador José Sarney, nO Estado do Maranhão. Confundindo os termos (denominando Juizado o que é Vara de Execução Penal, por exemplo)e misturando alhos com bugalhos, quando fala de regime prisional, o Senador escorregou mais violentamente do que o Secretário Aluísio Mendes. Partindo dele, um expoente da República e líder do mais antigo grupo político no poder, foi mais grave. Sarney quis responsabilizar o Poder Judiciário pelos últimos acontecimentos nos presídios, seguindo uma linha de raciocínio muito mais precária, porque não reconhece a omissão histórica do seu grupo a respeito do tema.
A maior e mais equivocada contribuição do grupo Sarney para o debate foi Raimundo Cutrim, que sonha voltar a controlar a pasta - agora pelas mãos de Flávio Dino.
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