É como ouvir o ruflar de asas no pensamento
e cada fragmento da vida espalhar-se no céu de maio.
É como nenhuma voz romper o cerco do timbre,
para afugentar o purgatório de crianças.
Uma dor sem remédio paralisou o instante.
O sorriso ficou tatuado na memória, apesar de tudo.
Recolhendo as mãos estendidas, no punho fechado,
oferta de flores entremunhadas, ornamento de fuzis.
Tudo é silêncio agora, porque os pássaros se foram,
singrando palmerais estáticos, pontilhados de ipês em flor.
Ficou a ausência - na estrada aberta e sem volta.
É como sentir a dor irradiada de um tempo em que vivíamos a ternura.
Missa de Sétimo Dia na Igreja do São Francisco. Dia 04 de junho, 20:00 h.
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