Segundo médico, projétil que atingiu Josiel Gabriel Alves, de 34 anos, continua alojado perto da sétima vértebra da coluna cervical
Agência Brasil (Email · Twitter)
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BRASÍLIA – Embora não corra risco de morrer e esteja consciente, é grave o estado de saúde do índio terena baleado nesta terça-feira durante um novo confronto ainda não esclarecido ocorrido na região de Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul, onde fica a Fazenda Buriti. Um índio da mesma etnia foi morto na quinta-feira passada, durante uma ação coordenada pela Polícia Federal (PF) para desocupar a fazenda.
Segundo o diretor técnico da Santa Casa de Campo Grande, Luis Alberto Hiroki Kanamura, o projétil que atingiu Josiel Gabriel Alves, de 34 anos, continua alojado perto da sétima vértebra da coluna cervical. Médicos neurologistas especialistas em coluna aguardam os resultados da ressonância magnética e da tomografia para decidir se há possibilidade de intervenção cirúrgica e verificar se há riscos de sequelas.
Alves é primo de Osiel Gabriel, 35 anos, morto na última quinta-feira durante a desocupação da Fazenda Buriti. Nesta quarta-feira, ele recebeu a visita do assessor do ministro da Justiça Marcelo Veiga. Técnicos da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) acompanham o atendimento a Josiel Gabriel Alves.
Segundo Otoniel Terena, irmão de Gabriel e primo de Alves, os índios se sentem injustiçados e abandonados pelo Estado brasileiro.
— Um índio teve que ser morto para o governo fazer algo — disse Otoniel à Agência Brasil, referindo-se à ida do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira.
— Ficamos com uma terrível sensação de que estamos sendo injustiçados e que o governo não faz nada. O governo diz que é difícil resolver o problema, mas os fazendeiros (sul-mato-grossenses) já aceitaram vender suas terras se o governo pagar por tudo — completou Otoniel, defendendo a indenização integral, ou seja, pela terra e benfeitorias, como solução para a disputa entre índios e produtores rurais que tenham títulos de propriedades devidamente regularizados.
De acordo com o terena, Alves foi baleado enquanto acompanhava um grupo de cerca de cem índios que tentavam ocupar uma propriedade vizinha à Fazenda Buriti.
— Os parentes não chegaram a entrar na fazenda porque foram recebidos à bala. Um dos tiros atingiu o Josiel (Alves), que continua internado. Nós agora recuamos, mas continuamos na Buriti — acrescentou.
Ao desembarcar em Campo Grande nesta quarta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negou que haja falta de vontade política ao governo federal para resolver a “complexa” questão indígena.
— O governo federal cumpre a Constituição Federal, que estabelece os parâmetros do que tem que ser feito. Por isso entendemos que esta é uma questão que não depende apenas da vontade política de A, B ou C — disse Cardozo.
Segundo o diretor técnico da Santa Casa de Campo Grande, Luis Alberto Hiroki Kanamura, o projétil que atingiu Josiel Gabriel Alves, de 34 anos, continua alojado perto da sétima vértebra da coluna cervical. Médicos neurologistas especialistas em coluna aguardam os resultados da ressonância magnética e da tomografia para decidir se há possibilidade de intervenção cirúrgica e verificar se há riscos de sequelas.
Alves é primo de Osiel Gabriel, 35 anos, morto na última quinta-feira durante a desocupação da Fazenda Buriti. Nesta quarta-feira, ele recebeu a visita do assessor do ministro da Justiça Marcelo Veiga. Técnicos da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) acompanham o atendimento a Josiel Gabriel Alves.
Segundo Otoniel Terena, irmão de Gabriel e primo de Alves, os índios se sentem injustiçados e abandonados pelo Estado brasileiro.
— Um índio teve que ser morto para o governo fazer algo — disse Otoniel à Agência Brasil, referindo-se à ida do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira.
— Ficamos com uma terrível sensação de que estamos sendo injustiçados e que o governo não faz nada. O governo diz que é difícil resolver o problema, mas os fazendeiros (sul-mato-grossenses) já aceitaram vender suas terras se o governo pagar por tudo — completou Otoniel, defendendo a indenização integral, ou seja, pela terra e benfeitorias, como solução para a disputa entre índios e produtores rurais que tenham títulos de propriedades devidamente regularizados.
De acordo com o terena, Alves foi baleado enquanto acompanhava um grupo de cerca de cem índios que tentavam ocupar uma propriedade vizinha à Fazenda Buriti.
— Os parentes não chegaram a entrar na fazenda porque foram recebidos à bala. Um dos tiros atingiu o Josiel (Alves), que continua internado. Nós agora recuamos, mas continuamos na Buriti — acrescentou.
Ao desembarcar em Campo Grande nesta quarta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negou que haja falta de vontade política ao governo federal para resolver a “complexa” questão indígena.
— O governo federal cumpre a Constituição Federal, que estabelece os parâmetros do que tem que ser feito. Por isso entendemos que esta é uma questão que não depende apenas da vontade política de A, B ou C — disse Cardozo.
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