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Gil Alessi
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
De acordo com Mayara Vivian, do MPL, "esta não é uma vitória do PT". "O Haddad [Fernando, prefeito de São Paulo] inclusive se recusou a usar o termo 'revogar' nas suas declarações. Está uma vitória da população, que se conscientizou e foi às ruas. O MPL nunca vai impedir ninguém de se manifestar. Somos apartidários, não contra os partidos", disse.
Mesmo dizendo que o MPL não é contra a participação de legendas nos protestos, Mayara criticou diversas faixas e slogans gritados durante as manifestações dos últimos dias.
"Tem gente que não consegue nem mobilizar dez pessoas e leva uma faixa com dizeres horríveis, como coisas contra a legalização do aborto e outras. O MPL é anticapitalista e contra qualquer forma de opressão. Repudiamos várias das reivindicações feitas nos atos.". Nos protestos desta semana, alguns manifestantes levaram faixas pedindo a redução da maioridade penal e contra o aborto.
Presos por vandalismo
Os representantes do MPL se comprometeram a prestar auxílio jurídico a todos os manifestantes detidos e que respondem a processo - cerca de 60, segundo o movimento . Quanto ao caso de pessoas presas por saques e roubos, Mayara afirmou que "fica difícil saber se a pessoa realmente cometeu o crime do qual é acusada. Na terça-feira (18), após os saques, a PM prendeu manifestantes aleatoriamente." O movimento afirmou que analisará caso a caso para identificar quem poderá ajudar e quais casos serão encaminhado à Defensoria Pública."A questão do encarceramento em massa de pessoas pobres é muito grave. O MPL não é juiz para dizer quem cometeu ou não cometeu um crime, mas somos contra vandalismo seja de manifestantes, seja do Estado", afirmou.
Revogação
Após seis atos populares --pacíficos e violentos-- contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em São Paulo, o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), anunciaram que a tarifa dos ônibus, metrô e trem voltará a ser de R$ 3. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa realizada na noite desta quarta-feira (19) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado. Os dois governantes afirmaram que a revogação do aumento causará impacto nos investimentos e foi decidida para que a cidade retorne à normalidade."Quero dizer que no caso do metrô e trem, nós vamos revogar o reajuste dado, voltando a tarifa original de R$ 3. É um sacrifício grande, vamos ter que cortar investimentos, porque as empresas não têm como arcar com essa diferença. Vamos arcar com esses custos fazendo ajustes na área de investimentos", disse Alckmin.
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