quarta-feira, 5 de junho de 2013

Frente dos Direitos Humanos rejeita projeto da “cura gay”

Psol



Foto: Lúcio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados
A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos realizou ontem, 4 de junho, votação simbólica do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 234/2011, proposta conhecida como “projeto da cura gay”. Os deputados rejeitaram o projeto – ato simbólico que demonstra contrariedade com o assunto.

A atitude dos membros da Frente Parlamentar é de desagravo pelo fato do PDC estar na pauta da Comissão e Direitos Humanos e Minorias (CDHM), presidida pelo deputado Marco Feliciano. O projeto não chegou a ser votado, ontem, na Comissão devido ao pedido de vista conjunta dos deputados Simplício Araújo (PPS/MA) e Marcos Rogério (PDT/RO).

"Nós tínhamos a preocupação que algumas aberrações fossem aprovadas na comissão formal, na Direitos Humanos, sem deixar que acontecesse a sinalização que esta Câmara tivesse outros setores que aquilo apresentaria uma aberração. Fomos informados que a comissão, felizmente anda um pouco inoperante, e um de seus membros pediu vistas ao projeto de cura gay", justificou o deputado Chico Alencar (PSOL/RJ).

O PDC 234/2011 suspende artigos da Resolução 1/1999, do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que determina que “os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”.

A psicóloga Cynthia Ciarallo, conselheira do CFP, reafirmou a contrariedade da entidade ao texto, que classifica como retrocesso no que se refere ao respeito à diversidade no país, pois nem a Psicologia nem a Medicina tratam a homossexualidade como doença. “Temos muita clareza de que a homossexualidade não é uma questão de doença, a orientação sexual é algo pertinente ao processo indenitário do sujeito. A gente (os psicólogos) não tem controle sobre a vida das pessoas. Há uma fantasia de que se ter o controle sobre as possibilidades do sujeito”, completou.

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