sábado, 1 de janeiro de 2011

Roseana Sarney dá duas secretarias para o PT e quatro para o DEM

Do JP Online



Depois do enlace forçado para a campanha eleitoral, o PT pode estar diante da primeira 'crise' no seu matrimônio com o PMDB. Na formação do secretariado para o quarto governo de Roseana Sarney (PMDB), anunciado na manhã desta quarta-feira (29), o PT - partido do presidente Lula e da presidente eleita Dilma Rousseff - teve seu espaço reduzido na administração estadual. Num gesto títpico de recaída pelo DEM, seu antigo partido, Roseana destinou ao principal adversário do PT a hegemonia política do primeiro escalão do governo.

Antes detentor da Secretaria de Educação, uma das principais pastas do governo, o PT do vice-governador eleito Washington Luiz manteve apenas a modesta Secretaria de Economia Solidária, onde foi mantido no cargo José Antônio Heluy (PT) -- filho da deputada estdual Helena Heluy.

Além de perder a Educação, um dos maiores orçamentos do estado, que ficou com a ex-secretária particular de Roseana, Olga Simão, o partido também foi afastado da Secretaria de Desenvolvimento Social. Para esta foi indicado o deputado estadual do DEM, Chico Gomes.

Como 'compensação', o PT recebeu a Secretaria de Assuntos Institucionais. Na prática, a pasta servirá apenas para abrigar o líder da corrente minoritária petista Rodrigo Comerciário e alguns poucos auxiliares.

Se o PT encolheu no governo Roseana Sarney o DEM ganhou musculatura. Aos demistas foram reservadas outras áreas estratégicas do governo: Casa Civil, Secretaria de Infraestrutura e Minas e Energia. Os titulares serão Luís Fernando Silva, Max Barros e Ricardo Guterres, respectivamente. O primeiro com status de primeiro ministro e virtual candidato ao governo em 2014.

As quatro secretarias destinadas ao DEM serão responsáveis por comandar os principais projetos previstos para o estado nos próximos anos, como a refinaria, obras do PAC, ações sociais e de infraestrutura. Quanto ao PT só o tempo dirá se o partido vai conseguir superar sua primeira 'crise' com a nova parceira política.

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