José Cristian Góes
Edson Ulisses, desembargador e vice-presidente do Tribunal de Justiça,
alegou que se sentiu pessoalmente ofendido pela expressão “jagunço das leis” e
pediu a prisão do jornalista por injúria.
Apesar de todo o processo ter sido presidido pela juíza Brígida Declerc, do
Juizado Especial Criminal em Aracaju, a sentença foi assinada no último dia 04
de julho pelo juiz substituto Luiz Eduardo Araújo Portela.
“Esta é uma decisão em primeira instância. Vamos ingressar com os recursos.
Em razão de ser uma sentença absurda, não acreditamos que ela prospere, mas se
for o caso vamos até o STF em razão da decisão ferir gravemente à Constituição
Federal, e quem sabe, podemos ir até ao CNJ e as Cortes internacionais de
Direitos Humanos”, disse Antônio Rodrigo, advogado de Cristian
Góes.
Os sete meses e 16 dias de detenção foram convertidos pelo juiz Eduardo
Portela a prestação de serviço em alguma entidade assistencial.
A crônica literária “Eu, o coronel em mim” é um texto em estilo de
confissão de um coronel imaginário dos tempos de escravidão que se vê chocado
com o momento democrático. Não há citação de nomes, locais, datas, cargos
públicos.
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