quarta-feira, 31 de julho de 2013

Epidemia de gripe castiga o povo Canela


O povo Canela está pedindo socorro. Uma epidemia de gripe está castigando a etnia que habita a Terra Indígena Porquinhos, demarcada com 79.520 hectares, no município de Fernando Falcão. Uma criança já morreu em função da doença. Os índios alegam que não há assistência médica, como sempre. Recentemente, o Ministério Público Federal e a Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA tentaram fazer uma audiência pública para discutir a questão da saúde indígena, no dia 1º de agosto.
O principal objetivo da audiência pública era estabelecer um canal de comunicação entre as diversas etnias indígenas do Maranhão e o órgão federal responsável pelos serviços de saúde, que é o Ministério da Saúde por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), após as mobilizações que ocorreram no início do mês, que culminaram com a ocupação do prédio da Funasa e da Ferrovia Carajás, na altura do município de Alto Alegre do Pindaré/MA. A audiência pública concretizaria o acordo firmado em audiência judicial, entre os índios e a Secretaria Especial da Saúde Indígena.
Tinham sido convidados representantes da Defensoria Pública da União, da Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai), da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA, da Advocacia Geral da União (AGU), da Fundação Nacional de Assistência ao Índio (Funai), da Superintendência da Polícia Federal no Maranhão, do GT de Saúde Indígena da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão (CCR), do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), da Coordenação de Articulação dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima) e lideranças indígenas. Havia a previsão da participação de mais de mil indígenas.
Ocorre que, no dia de ontem, em contato com o MPF/MA, o Secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves de Souza, informou que não comparecerá ao evento por entender que não há condições de segurança para realização da audiência.
A insatisfação de várias etnias e grupos indígenas com a atual gestão da Sesai decorre exatamente deste tipo de questões, que os índios querem debater com os gestores.

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