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É preocupante também a velocidade de devastação do cerrado, cuja área foi reduzida em 25%.
O Globo
"A soja ocupou as áreas de cerrado, no topo das chapadas. O mais preocupante é que nestas chapadas estão as nascentes dos três principais rios do Estado, que são o Parnaíba, Mearim e Itapecuru. Ao contrário da vegetação natural, a lavoura impermeabiliza o solo, faz com que a água escorra, promovendo enchentes, e, ao mesmo tempo, reduz a vazão dos rios", explica Pedro Leal Bezerra, da gerência de recursos naturais do IBGE.
No caso das florestas, segundo o IBGE, elas estão restritas basicamente a áreas protegidas, especialmente reservas indígenas. Para Bezerra, se o Código Florestal, a ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff, for de fato cumprido, o problema será solucionado. Se não houver fiscalização nos Estados, porém, a devastação tende a continuar em ritmo acelerado.
Além de modificar a infiltração de água no solo, a atividade agrícola traz risco de contaminação por defensivos agrícolas.
O Maranhão poderia ainda usar menos água de rios para o consumo humano e para as lavouras. O mapa mostra que o Estado possui aquíferos com volume estimado de 17.500 km³. Eles estão na bacia do Rio Parnaíba, nas rochas de Cabeças, Serra Grande, Sambaíba, Corda, Grajaú, Itapecuru, Ipixuna e Barreiras, com vazões que podem atingir 1.000 m³/h. A bacia sedimentar do Parnaíba tem, no total, 600 mil km², e, além do Maranhão, se estende pelos Estados do Piauí e Pará.
"O Estado usa, principalmente, a água superficial dos rios para abastecimento. Essas águas poluídas exigem tratamento, o que as torna caras para o consumo. Se usasse o aquífero, o Maranhão teria água potável, sem poluição alguma e que não exige tratamento. Basta furar poços. É uma alternativa bem mais barata", diz Bezerra.
O mapa, feito com auxílio de imagens de satélite, inclui os biomas Amazônia, Cerrado e Caatinga e seis tipos de vegetação: Floresta Ombrófila Densa (com árvores que não perdem as folhas na estação seca), Floresta Ombrófila Aberta (dominada por babaçu e/ou cipós), Floresta Estacional Semidecidual (com árvores que perdem parte das folhas na estação seca), Floresta Estacional Decidual (com árvores que perdem mais de 50% das folhas na seca), Savana(Cerrado) e Savana-Estépica (Caatinga do Sertão Árido) e as Áreas de Formações Pioneiras (várzeas e mangues, principalmente).
No Maranhão, restam 44,87% da floresta semidecidual e 24,11% da decidual.
O mapa revela ainda falhas geológicas que podem guardar minérios importantes a serem explorados na região das serras Pirapemas, Picos-Santa Inês, Tianguá-Carolina e Transbrasiliano. Em 2010, foi descoberta reserva de gás natural em Capinzal do Norte na região de Picos-Santa Inês. Segundo o IBGE, num poço perfurado pela Petrobras na década de 60, na região do município de Balsas, também foram encontrados indícios de gás natural. O município fica na área da falha geológica Tinguá-Carolina.
O Maranhão, segundo o IBGE, tem solos ao Sul e Norte do Estado que precisam ser alvo de preservação ambiental, por apresentar alto risco de erosão. O mapa de recursos naturais do país deve ficar pronto em 2014. A primeira área mapeada foi a da Amazônia Legal e o Maranhão foi o último Estado a ter seus dados detalhados.
Um comentário:
E por falar em devastacao...
Urbano Santos hoje se vê traída pela Suzano, foi aqui que eles desembarcaram em 1980, geraram empregos sim, mas deixaram um rastro de destruição ambiental: perdemos nosso cerrado, nosso bacuri, pequi, mangaba, mel, jaborandi, fava danta, para os plantios de eucalipto; perdemos nosso equilibrio ecologico, nossa biodiversidade; perdemos a força dos nossos grandes rios e riachos; alteramos nossa paisagem de lindos cerrados para a monotonia das florestas interminaveis de eucalipto; testemunhamos conflitos de terra e vimos o seu preço inflacionar do equivalente a r$8,00 o hectare para r$800,00, inviabilizando o lavrador de adquirir terra para suas gerações futuras; sentimos na pele o calor aumentar e as chuvas diminuirem passando direto para outras regioes do estado; hoje a sede da cidade está inchada e o cenário é desolador nos povoados rurais, acabou a fartura, comunidades inteiras foram simplesmente extintas.
Hoje a Suzano volta as costas para Urbano Santos e desembarca em Chapadinha(protocolo de intecoes/fabrica de pellets) esquecendo que deveria ter compromisso social em compensar minha cidade. O protocolo assinado pela prefeita de Chapadinha, o mesmo que foi apresentado para o pref. de urbano santos (que pediu tempo para analisar), é a maior prova do desrespeito da empresa com a regiao: foi elaborado somente por eles, eles nao aceitam alteracoes, e é "só venha a nós, ao vosso reino, nada.", reduz o iss de 5% pra 2%, o ITBI de 1% para 0,5%, e extende isso a todas as empresas terceirizadas.
Por outro lado não dá garantia de quantos empregos vai gerar, onde, como e nem pra quem. fala que irá priorizar a ~região~ nos empregos, mas não diz o que eles chamam de região (o nordeste do brasil que tem 9 estados e é uma região), e ainda diz que poderá a qualquer momento extinguir os tímidos programas sociais que eles tem nas cidades.
Minha conclusão/opiniao: o protocolo é um show de arrogancia e prepotencia, justificado pelo poder economico que eles representam e por esse poder, foi imposto aos municipios sem negociacoes... para eles nós, os urbanosantenses, os chapadinhenses, etc... somos uma "cambada de mortos de fome" que eles vieram salvar com seus projetos mirabolantes que só servem para encher os seus bolsos e destruir o meio-ambiente as custas de alguns empregos temporários.
Desejo boa sorte a Chapadinha, cidade a qual estou a 2 anos aprendendo a gostar, pois lá sou professor.
Enquanto a Urbano Santos, costumamos dizer: "esse é o pago" pela cidade ter sido a única que aceitou a Suzano entrar em suas terras em 1980 e "comer tudo".
ass. iran avelar, sociologo.
em tempo: para ver mais sobre este assunto acesse www.urbanosantos.blogspot.com
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