segunda-feira, 9 de maio de 2011
MA - 1º Encontro das Comunidades Quilombolas do Baixo Parnaíba
As comunidades quilombolas de Brejo-MA, a Comissão Pastoral da Terra-MA e a Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA realizarão o 1º Encontro das Comunidades Quilombolas do Baixo Parnaíba, no quilombo de Alto Bonito(Brejo-Ma), em 21 de maio de 2011. O encontro objetiva agregar as forças sociais quilombolas do Baixo Parnaíba, fortalecendo a luta pela emancipação dos territórios quilombolas da região, hoje ocupado por grileiros de terra.
Um pouco de História:
Os quilombolas da Comunidade Alto Bonito, município de Brejo, foram despejados diversas vezes de seu território, em decorrência de ação de reintegração de posse movida por grileiros da região. Hoje, 55 (cinqüenta e cinco) famílias vivem na mais absoluta miséria. Uma das principais lideranças quilombolas do Maranhão, Raimundo Gomes, foi preso por dois meses, após ter sido vítima de tentativa de homicídio cometida pelo fazendeiro Antonio Gomes. O processo de titulação desta comunidade está parado no INCRA-MA.
Na comunidade Quilombola de Depósito, inserida numa área de 777 hectares, a comunidade é formada por 22 famílias. Depois de anos de conflitos com a proprietária, apenas 5 famílias continuam residindo no território. As outras 17 famílias estão espalhadas ao redor da fazenda, e apenas trabalham na terra.A proprietária da fazenda, Maria Vitória Lages (que reside na cidade de Campo Maior-PI) é a algoz daquela comunidade. Desde 2007, a proprietária cumpre um ritual: queimar as roças dos quilombolas e presenciar os fatos. Ao longo desses anos, com ou sem força policial, na época da colheita, a Sra. Maria Vitória vai à fazenda para destruir o plantio da comunidade. Consta asseverar que na fazenda, não existe nenhum linha de roça plantada pela proprietária. Nenhum cultivo de árvores frutíferas. Nenhum projeto de extrativismo de carnaúbas (comuns na região). Apenas umas poucas cabeças de gado. Se não bastasse toda a desgraça sofrida por essas famílias, suas lideranças ainda são criminalizadas por reivindicarem seu direito. Além das ações possessórias intentadas pela Sra. Maria Vitória, várias ações criminais e cíveis foram ajuizadas. Todas com incrível celeridade processual. Por outro lado, os vários Boletins de Ocorrência registrados pela comunidade ficaram apenas no registro.
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