O governo federal recuou frente à investida da bancada evangélica. Dilma derterminou o recolhimento do material do programa Escola Sem Homofobia, do Governo Federal, que contém material didático-pedagógico direcionado aos professores. O objetivo era dar subsídios para que eles abordem temas relacionados à homossexualidade com alunos do ensino médio.
Apelidado de kit gay, pelo Deputado Jair Bolsonaro (que já chamou a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos de vagabunda), o material vem sendo alvo de uma campanha homofóbica que, por não ter força suficiente para pressionar o governo, explorou a possível convocação do Ministro Palloci pela Câmara, para fazer chantagem.
É na pasta da Educação que se observa o interesse maior da mídia golpista, para desgastar o governo Dilma. Ainda em curso está uma absurda campanha contra um livro, distribuído pelo MEC, que estaria incentivando as pessoas a falarem o português errado. Apesar da campanha contra o livro ter sido propagada furiosamente, com o claro intuito de desgastar o Ministro da Educação, quase ninguém se preocupou em fazer uma leitura isenta do que ali é proposto (como afirma a nota do MEC):
“Os livros apresentam objetivos coerentes e compatíveis com as Diretrizes Gerais da Educação de Jovens e Adultos. Propõem uma abordagem que considera uma situação de interlocução socialmente contextualizada, procurando levar em conta os saberes prévios dos alunos”.
“A escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma ‘certa’ de falar; a que parece com a escrita; e o de que a escrita é o espelho da fala. Essas duas crenças produziram uma prática de mutilação cultural”. Essa é a orientação curricular nacional citada pelo MEC como motivo de promover a segurança dos estudantes para “expressar a ‘sua voz’”.
O fato é que, com a decisão de recolher o kit, que pretendia combater a homofobia nas escolas, Dilma quase precisou pedir desculpas para Jair Bolsonaro. De fato, até parece que ele está certo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário