Cheira à chantagem a denúncia formulada por Pedro Leal contra o programa de proteção à testemunha. Leal acusou o ex-juiz de Barreirinhas pela prática de vários delitos, dentre ele, grilagem de terras públicas. Instaurada a sindicância, após bate-boca entre desembargadores, constatou-se irregularidades que atingiam o cartório do registro imobiliário da comarca. O juiz terminou sendo aposentado compulsoriamente e Pedro Leal, após muitas hesitações, foi incluído no PROVITA.
Na primeira tentativa de inclusão, Leal, que já respondia a vários processos criminais na Comarca de Barreirinhas, simplesmente desapareceu após a deliberação pela sua inclusão, no Conselho Deliberativo do Programa.
Incluído, no Estado do Amazonas passou a fazer exigênacias absurdas, a começar pela incompatibilidade com o tipo de alimentação praticada naquele Estado. Após quebrar as normas de sigilo do programa, resolveu procurar a revista Isto É, para fazer a denúncia.
Estava em Brasília, quando soube da matéria, por intermédio de jornalista da própria revista, que buscava informações da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Leal mente quando diz que recebia apenas R$ 840,00, para sustentar a família. Sua planilha, no Estado do Amazonas já alcançava a cifra de R$ 4.000,00, contabilizada em despesas pagas pelo programa, com aluguel (que incluía casa com ar condicionado), água, luz, remédio e vestuário.
No Estado do Amazonas não há registro de denúncias de usuários contra o Programa, cujo convênio é celebrado com o Ministério Público Estadual. Os nomes falsos dos profissionais dizem respeito à ignorância ou má fé de Leal, visto que é regra de qualquer programa de proteção a utilização de codinomes, para proteção dos seus operadores.
Placas frias também podem ser utilizadas, dependendo da relação que o programa estabeleça com o sistema de segurança pública no Estado. Isso não é mistério, é estratégia do sigilo da proteção.
O quadro descrito das residências por onde passou não corresponde à realidade das habitações dos usuários do programa no país. Não são mansões, mas também não correspondem à descrição de Leal, atendendo aos objetivos de simplicidade e dignidade, no tratamento das pessoas protegidas.
O perfil de Leal já era considerado "complexo", a partir da avaliação que se fazia dos processos onde figura como réu, na Comarca de Barreirinhas. Se tenta extorquir o programa ou levar algum tipo de vantagem, vai quebrar a cara, pelo visto.
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