Ocorrerá hoje a audiência do processo criminal movido pelo Ministério Público da Comarca de São Bento contra o Padre Clemir, que tem se empenhado em defender a comunidade de quilombo do Cruzeiro, contra a sanha latifundiária.
O Promotor de Justiça da época, entendeu que o padre estaria incentivando invasões de terra e resolveu processar o religioso. Um sindicalista de Palmeirândia também foi processado pelo mesmo Promotor, pelo mesmo motivo.
O sindicalista estava no local, no dia do despejo, mas o Padre não. A comunidade de Cruzeiro, por ser um quilombo, cujo marco histórico de posse territorial é o período escravista, não poderia "invadir" terra. Um quilombo luta por permanecer na terra de seus anscestrais.
O proprietário que litiga com Cruzeiro, em São Bento, é o mesmo que disputa também as terras de um outro quilombo, em São Vicente de Férrer, o Charco, onde já foi assassinado o líder rural, Flaviano.
No país inteiro, membros do Parquet, tanto federal quanto estadual, participam do esforço de proteger e garantir direitos às comunidades de quilombos. No Maranhão, a postura de alguns Promtores parece ser diferente.
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