sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O pistoleiro Irismar Pereira foi decapitado

No dia 17 de dezembro, uma briga entre integrantes da facção “Bonde dos 40”, no Centro de Detenção Provisória (CDP), em Pedrinhas, resultou na morte de quatro detentos – três deles decapitados – e cinco feridos.

Os mortos foram identificados como Irismar Pereira, Manoel Laércio dos Santos Ribeiro, Gilson Clay Rodrigues (que também usava os nomes falsos de Cleverson Oliveira e Alex Oliveira Ribeiro) e Diego Michael Mendes Coelho.

Irismar, Manoel e Gilson Clay foram decapitados. Diego morreu esfaqueado. Os cinco feridos também foram atingidos por facas e chuços. Eles foram medicados no próprio CDP. A briga ocorreu no Pavilhão Gama, e foi motivada pela disputa de liderança dentro da facção “Bonde dos 40”.

Um dos decapitados, Irismar Pereira, foi acusado de ter contratado o sobrinho, Wesley Dutra Moraes, 19 anos, o “Jameca”, para assassinar, em 14 de setembro de 2011, o motorista da Taguatur, Ronielson Lima Pinheiro, 28, conhecido como “Roni”, em troca de R$ 2,5 mil. O crime, motivado por uma questão passional, ocorreu no ponto final de ônibus do Residencial Paraíso.

Irismar tamém foi apontado como executor do quilombola, Flaviano Pinto Neto, presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Povoado Charco, no Município de São Vicente de Férrrer. O crime ocorreu no dia 30 de outubro de 2010 e o processo ainda não chegou ao Tribunal do Júri. Flaviano foi exectuado com 7 tiros na cabeça, por uma pistola calibre 380.

Irismar Pereira (que também atendia pela alcunha de Jéferson ou Uroca) também era apontado pela prática de crimes de homicídios no estado, entre 2006 e 2010, sendo a maior parte deles na capital. Na ficha criminal de Irismar foram confirmados pelo menos cinco assassinatos, com participação de seu irmão, Irinaldo Pereira, e de seu sobrinho Wesley Dutra Moraes, o Jameca, de 19 anos, preso por ser o autor dos disparos que mataram o motorista da Taguatur. 

Acusado como mandante do crime, o fazendeiro Manoel de Jesus Martins Gomes, o “Manoel de Gentil”, foi beneficiado por uma decisão, num Habeas Corpus, proferida pelo desembargador Fernando Bayma Araújo, no dia 23 de fevereiro de 2011. O fazendeiro havia sido preso temporariamente na manhã do dia anterior, em cumprimento a um mandado da juíza Odete Maria Pessoa Mota, então titular da comarca de São João Batista. 

A motivação do assassinato de Flaviano, segundo a polícia, foi a disputa por terras entre os quilombolas e “Manoel de Gentil” na Baixada Maranhense.

Nenhum comentário: