Alegando ter mais de sessenta anos, seu advogado requereu prioridade ao juiz de execução penal, na análise da sua proposta imoral de trabalho, para trabalhar no hotel Saint Peter, por um salário de vinte mil reais. O pedido, é claro, foi indeferido pelo juiz. Dirceu terá que entrar na fila, onde já esperam centenas de detentos do regime semiaberto. Isso pode demorar de trinta a sessenta dias.
O despacho foi divulgado na mesma semana em que foi veiculada uma reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, sobre o tema. A Globo mostrou que a companhia controladora do hotel Saint Peter é presidida por um auxiliar de escritório, que mora em uma área pobre da Cidade do Panamá. O valor do salário - R$ 20 mil – de Zé Dirceu, é simplesmente mais de dez vezes o valor pago à gerente-geral do hotel, de R$ 1,8 mil.
No meio jurídico, o caso repercute mal, não só junto à opinião pública. A empresa panamenha proprietária do hotel, agora é suspeita de ter um ex-gestor laranja.
O hotel em que o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu pediu para trabalhar acreditava-se pertencer a um amigo do petista e dono de várias emissoras de rádio de televisão: o empresário Paulo Abreu. Ele é irmão do ex-deputado federal José de Abreu, presidente do PTN, um dos partidos que compõe a base do governo Dilma Rouseff (PT). Segundo a reportagem da Globo, o hotel está registrado em nome de uma empresa, denominada Truston International Inc, com sede no Panamá.
Agora a relação de Paulo Abreu com a empresa panamenha está mergulhada em sombras.
Na nota oficial divulgada na tarde desta quinta-feira (05), o advogado de Dirceu, José Luís Oliveira Lima, afirma que o ex-ministro chefe da Casa Civil desistiu da proposta de emprego em função de um “clima de linchamento midiático instalado contra José Dirceu e contra a empresa que lhe ofereceu trabalho”.
Poderia ter se poupado de mais essa. Mas arrogância é incompatível com discrição.
Agora a relação de Paulo Abreu com a empresa panamenha está mergulhada em sombras.
Na nota oficial divulgada na tarde desta quinta-feira (05), o advogado de Dirceu, José Luís Oliveira Lima, afirma que o ex-ministro chefe da Casa Civil desistiu da proposta de emprego em função de um “clima de linchamento midiático instalado contra José Dirceu e contra a empresa que lhe ofereceu trabalho”.
Poderia ter se poupado de mais essa. Mas arrogância é incompatível com discrição.
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