quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Notícia que não passou despercebida:Bida é condenado a 30 anos de prisão pela morte de Dorothy Stang

Irmã Dorothy foi assassinada em 2005, com seis tiros em Anapu, no Pará. Morreu pela causa da reforma agrária no Brasil. Ela coordenava projeto onde o assassino, Vitalmiro Bastos, tentava grilar lotes de terras públicas.

 
 

O julgamento foi em Belém. Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi condenado a 30 anos de prisão pelo assassinato da missionária Dorothy Stang. Após 16 horas de julgamento a sentença foi anunciada: 30 anos de reclusão..
Bida foi condenado por homicídio duplamente qualificado.
Foi a quarta vez que Bida sentou no banco dos réus. Retrato da dificuldade com que o Poder Judiciário brasileiro tem de dar respostas rápidas à sociedade, em situações de flagrante violação de direitos humanos. Em maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal já havia anulado o terceiro julgamento em que Bida havia sido condenado. Mas manteve a prisão dele, até o júri da quinta-feira, dia 19/09..
Bida estava cumprindo pena em regime semi-aberto. Mas, na sentença, o juiz determinou que o fazendeiro fique preso em regime fechado. A defesa informou que vai recorrer da decisão. Na saída do fórum, parentes e amigos da irmã Dorothy comemoraram o resultado do julgamento, mas a defesa do latifundiário já avisou que vai recorrer de novo.
Enquanto o governo federal se esconde atrás de um julgamento permeado de chincanas, a reforma agrária, maior símbolo da luta de Dorothy, continua nas gavetas da burocracia e da falta de compromisso político.

Nenhum comentário: