Falta de água ou falta de vergonha?

Nos últimos dias, São Luís foi palco de vários protestos pela falta de abastecimento de água nos bairros.

Moradores da Alemanha, João Paulo e adjacências interditaram na tarde de dia 23 (segunda-feira), por volta das 17h, a Avenida dos Franceses e a São Marçal. Nesse horário de pico, o trânsito virou um inferno, com motoristas buscando vias alternativas para escapar do engarrafamento, que repercurtiu nas principais vias de acesso ao centro histórico da cidade. Como as vias alternativas estão abandonadas, a situação somente piorava para quem as buscava, por dentro dos bairros do Monte Castelo, Apeadouro e João Paulo.

 

Foto do G1

 

No dia seguinte, 24, foi a vez dos moradores do bairro do Diamante, em São Luís. Eles  bloquearam, na manhã desta terça-feira (24), a Rua Oswaldo Cruz.

As pessoas estão protestando contra a falta de água nos seus bairros. Com a chegada do verão, o abastecimento regular não está mais sendo feito pela Caema. Na verdade, isso tem ocorrido todo ano. Na parte alta dos bairros das proximidades do centro histórico, o abastecimento é minguado e por vezes deixa de ocorrer, por vários dias seguidos. Virou hábito a compra de água de caminhões pipa, que lucram com o negócio, cada vez mais. Em média, uma carga desses caminhões custa cento e trinta reais, que não está saindo do bolso da Caema.

Existem bairros sem acesso à agua há mais de três meses. Reclamar para a Companhia não adianta.

Esse é um problema crônico, que jamais foi resolvido pelos governantes. O governo do Estado tem se demonstrado incompetente para resolver o problema e conta com a conivência e a omissão dos sucessivos prefeitos da Capital.Sim, porque o abastecimento de água é uma das  responsabilidades do município, que não o faz, por haver repassado essa tarefa para a Caema. Como o município não fiscaliza o serviço, fica do jeito que está.
Portanto, não adianta apontar o dedo somente para a Governadora. É preciso questionar o que o Prefeito Edvaldo Holanda está fazendo para aliviar o sofrimento da população, que paga a conta de água, mas não recebe a contrapartida do serviço.