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Postado em: 21 jun 2012 às 14:35 | Dilma Rousseff
Documentos revelam que o Serviço Nacional de Informações monitorou os passos de Dilma Rousseff até 1990, quase cinco anos depois do fim da ditadura militar, quando foi presa e torturada. Veja abaixo extrato do arquivo
Presa e torturada pela ditadura militar, Dilma Rousseff continuou sob monitoramento do aparato de espionagem estatal nos primeiros anos do Brasil redemocratizado, quando respondia pela Presidência da República José Sarney.É o que revelam documentos disponíveis no Arquivo Nacional. Foram organizados num banco de dados chamado ‘Acervo da Ditadura’. Mais de oito milhões de páginas. Coisa produzida durante o regime militar e na Era Sarney.
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Nessa fase pós-ditadura, o SNI mobilizava arapongas e torrava dinheiro público para colecionar dados inúteis. Num texto, por exemplo, Dilma é retratada como peça de uma “infiltração comunista” em órgãos da prefeitura e do governo do Rio Grande do Sul. Deu-se realce à passagem dela por grupos da esquerda armada: VAR-Palmares e Colina.
Noutro relatório, lê-se que Dilma atuava em movimento feminista que, no dizer do SNI, almejava “a conscientização das massas, pretendida por facções esquerdistas que almejam o poder.” Bem verdade que a espionada chegou ao poder pelas mãos masculinas de Lula. Mas a arapongagem, sem querer, revelou-se premonitória.
Vigiou-se Dilma também numa viagem ao México. Os espiões acompanharam-na ainda num comício de 1988, contra a ampliação do mandato de Sarney. Nesse ato, a ‘subversiva’ estava acompanhada de outro personagem molesto: Lula.
Procurado, Sarney manifestou-se por meio da assessoria. Mandou dizer que ordenara ao SNI que não realizasse “levantamentos sobre a vida privada” de “nenhum brasileiro”. Abaixo, um extrato dos papéis:
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