quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Os guerreiros Ka'apor combatem o desmatamento no seu Território.


Povo Ka'apor retém invasores madeireiros dias depois de operação do Exército 
Dez dias depois da saída do Exército e Ibama da região noroeste do estado do Maranhão, especificamente da região de Zé Doca, o povo Ka’apor ficou mais vulnerável a ação dos agressores (madeireiros, fazendeiros, posseiros e caçadores). Os órgãos chegaram à região afirmando que vieram para “proteger” a floresta, a terra dos índios e retirar os agressores. 

Durante os dias que permaneceram na região fecharam serrarias, impuseram multas aos agressores que não conseguiram retirar seus maquinários e sair a tempo do interior do território. Porém, com a saída desses órgãos o que vem se constatando é que os indígenas ficaram mais expostos aos agressores; estão impossibilitados de sair de suas aldeias para cidade, passar por povoados e, até estão sofrendo discriminação na cidade por pessoas comuns e servidores públicos municipais quando procuram por serviços nestes órgãos. Segundo comerciantes, donos de serrarias, fazendeiros, prefeitos e outras pessoas, com a operação da “polícia”, caiu muito o movimento nos comércios e mais pessoas estão desempregadas. 

Tal realidade mostra o (dês) governo federal, estadual e municipal com a ausência de políticas sociais sérias que respondam as necessidades da população local sem que venham ser aliciados para o trabalho com a exploração ilegal de madeira, cipós, aves, caças e, até de apropriação indevida de benefícios sociais (bolsa família, salário maternidade, aposentadoria) de indígenas na região. Com o descaso dos órgãos públicos, indígenas resolveram por conta própria realizar a proteção de sua terra em defesa da principal fonte de vida que é a floresta. No último final de semana, além de prenderem trabalhadores de serrarias também apreenderam motosserras e pequenos maquinários que estavam sendo utilizados para derrubar e transportar a madeira das duas terras indígenas da região (TI Awá e TI Alto Turiaçu) para serrarias em um povoado do município de Zé Doca. 

Após o retorno dos madeireiros para retirada ilegal de madeira, mais grupos de indígenas resolveram adentrar o interior do território para impedir que a floresta continue sendo destruída. Na madrugada do dia 07 para o dia 08/08/2013, mais um grupo de indígenas de uma aldeia localizada no município de Araguanã prenderam quatro invasores de serrarias que derrubavam árvores que serviriam de estacas para cercas de fazendas. Os indígenas já comunicaram os órgãos fiscalizadores do meio ambiente que se encontram na região, mas até o presente momento não tiveram retorno. Segundo liderança indígena que coordenou a ação onde apreenderam equipamentos e pessoas, estão temendo uma reação dos madeireiros. A situação está tensa, outros grupos de indígenas estão se direcionando para o interior território e os invasores aprisionados continuam sob o poder dos indígenas na aldeia.
Fonte: CIMI
foto: arquivo CIMI-MA

Povo Ka'apor retém invasores madeireiros dias depois de operação do Exército 

Dez dias depois da saída do Exército e Ibama da região noroeste do estado do Maran...hão, especificamente da região de Zé Doca, o povo Ka’apor ficou mais vulnerável a ação dos agressores (madeireiros, fazendeiros, posseiros e caçadores). Os órgãos chegaram à região afirmando que vieram para “proteger” a floresta, a terra dos índios e retirar os agressores.

Durante os dias que permaneceram na região fecharam serrarias, impuseram multas aos agressores que não conseguiram retirar seus maquinários e sair a tempo do interior do território. Porém, com a saída desses órgãos o que vem se constatando é que os indígenas ficaram mais expostos aos agressores; estão impossibilitados de sair de suas aldeias para cidade, passar por povoados e, até estão sofrendo discriminação na cidade por pessoas comuns e servidores públicos municipais quando procuram por serviços nestes órgãos. Segundo comerciantes, donos de serrarias, fazendeiros, prefeitos e outras pessoas, com a operação da “polícia”, caiu muito o movimento nos comércios e mais pessoas estão desempregadas.
Tal realidade mostra o (dês) governo federal, estadual e municipal com a ausência de políticas sociais sérias que respondam as necessidades da população local sem que venham ser aliciados para o trabalho com a exploração ilegal de madeira, cipós, aves, caças e, até de apropriação indevida de benefícios sociais (bolsa família, salário maternidade, aposentadoria) de indígenas na região. Com o descaso dos órgãos públicos, indígenas resolveram por conta própria realizar a proteção de sua terra em defesa da principal fonte de vida que é a floresta. No último final de semana, além de prenderem trabalhadores de serrarias também apreenderam motosserras e pequenos maquinários que estavam sendo utilizados para derrubar e transportar a madeira das duas terras indígenas da região (TI Awá e TI Alto Turiaçu) para serrarias em um povoado do município de Zé Doca.

Após o retorno dos madeireiros para retirada ilegal de madeira, mais grupos de indígenas resolveram adentrar o interior do território para impedir que a floresta continue sendo destruída. Na madrugada do dia 07 para o dia 08/08/2013, mais um grupo de indígenas de uma aldeia localizada no município de Araguanã prenderam quatro invasores de serrarias que derrubavam árvores que serviriam de estacas para cercas de fazendas. Os indígenas já comunicaram os órgãos fiscalizadores do meio ambiente que se encontram na região, mas até o presente momento não tiveram retorno. Segundo liderança indígena que coordenou a ação onde apreenderam equipamentos e pessoas, estão temendo uma reação dos madeireiros. A situação está tensa, outros grupos de indígenas estão se direcionando para o interior território e os invasores aprisionados continuam sob o poder dos indígenas na aldeia.
Fonte: CIMI
foto: arquivo CIMI-MA

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