Prédio não é reformado desde a inauguração, há 37 anos.
Dezesseis detentos fugiram no último sábado; quatro foram recapturados.
Quatro, dos 16 presos que fugiram da unidade prisional de Balsas, na madrugada de sábado, foram recapturados. A fuga pode ter sido provocada pela fragilidade na segurança do prédio.
Logo na entrada do prédio é possível ver que o telhado está coberto com pedaços de plástico. O prédio, que também abrigava uma delegacia, possui capacidade para 50 pesos, mas atualmente abriga mais de 150. O espaço foi construído há 37 anos e nunca passou por uma reforma.
O forro do telhado está desabando em vários pontos. Em alguns lugares as telhas foram arrancadas e as paredes estão cheias de infiltrações. Além dessas condições, apenas um agente penitenciário trabalha por plantão.
Na madrugada do último sábado (2), 16 presos de justiça conseguiram fugir por um terreno localizado nos fundos do prédio, onde também funciona um depósito de veículos apreendidos. Um exemplo da situação crítica está no portão de acesso às celas. Ele está trancado com uma algema.
Quem trabalha no local reclama da falta de segurança. “O Maranhão está contando com a Força Nacional e seria interessante o deslocamento de algum efetivo para cá. O problema todo está na parte externa do presídio. Justamente por não haver essa vigilância que eles [detentos] se aproveitaram. É precário, mesmo porque são poucos policiais”, disse o delegado Jean Charles da Silva.
Segundo a direção do presídio, de todos os fugitivos, um foi recapturado e três se entregaram. O telhado está sendo reformado, mas os trabalhos são realizados por detentos de bom comportamento.
O juiz Marcos André Tavares, que responde pela vara de execuções penais, determinou que a unidade prisional não receba mais presos de outros municípios, por causa da superlotação.
O diretor da unidade, Moisés Mota, informou que a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) dispõe de uma verba de R$ 2,5 mi para construção de um centro de detenção provisória, mas está encontrando dificuldade para adquirir um terreno nos arredores da cidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário