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Inserido por: Administrador em 14/01/2013.
Fonte da notícia: Gilderlan Rodrigues da Silva – Cimi Regional Maranhão
Fonte da notícia: Gilderlan Rodrigues da Silva – Cimi Regional Maranhão
Os sobreviventes dessa epidemia juntaram-se em uma única aldeia, a Governador. O território, quando demarcado, recebeu o mesmo nome.
O ponto alto das invasões do território dos Pukobjê-Gavião deu-se durante o governo do então presidente Juscelino Kubitschek, responsável pela abertura da estrada Belém-Brasília, que consequentemente atraiu fazendeiros da região sudeste (São Paulo e Minas Gerais) para a terra indígena.
Essa invasão do território indígena fez com que os Pukobjê-Gavião perdessem sua paz, como aconteceu em 1976, quando a aldeia foi atacada por fazendeiros, destruindo as casas dos indígenas com fogo. Durante o ataque, indígenas fugiram para a aldeia Governador, onde viveram por muitos anos.
Mesmo com a demarcação do território Pukobjê-Gavião em 1982, os problemas de invasão não cessaram e persistem em tempos atuais. Tanto que as lideranças indígenas prenderam na tarde de ontem, 13, quatro caminhões e um trator que tiravam madeira ilegalmente de seu território.
Os caminhões e o trator foram levados para a aldeia Governador. Os indígenas solicitam urgentemente a presença de representantes da Funai e da Polícia Federal. Os mesmos temem que aconteçam novos conflitos com os madeireiros por conta das ameças que estão recebendo por parte destes, proprietários dos caminhões.
Os indígenas ressaltam que a ação foi realizada por conta das constantes invasões e que não suportam mais ver os recursos de seu território serem explorados cotidianamente.
Na defesa de seu habitat, os indígenas continuam enfrentando invasões de aldeias, como a que aconteceu em 2010, quando 40 madeireiros invadiram a aldeia Rubiácea para retirar apreendidos naquela ocasião.
Vale ressaltar que a terra indígena Governador está passando por um processo de nova demarcação, e que, portanto, a mesma deveria estar livre da ação dos madeireiros de outros fatores que vão de encontro aos direitos dos povos indígenas.
Acredita-se que a luta dos povos indígenas, em particular o povo Pukobjê-Gavião, ainda durará mais algum tempo, caso não seja implementada uma política de proteção do território Governador. Enquanto isso não acontece, veremos os indígenas organizando-se para enfrentar aqueles que destroem seu território.
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