Não existe nada mais deprimente do que um jornalista a soldo de interesses escusos. No Maranhão, acada dia somos tomados de assalto por opiniões de pseudo jornalistas que prestam um desserviço à opinião pública bem informada.
Esse desfile de repugnâncias, que não se intimida em partilhar conivências com o crime, trabalha regiamente ao lado da mentira. São boçais, apedeutas, que sobrevivem debaixo das asas de protetores tão imundos como eles.
Depois do crime, envolvendo o jornalista Décio Sá, acredite, ainda há os que ainda têm a cara de pau de reafirmar o inacreditável - mesmo diante do que foi amplamente publicado, no decorrer das apurações, no inquérito policial.
Ali, mais do que em qualquer outro lugar, restou plenamente provado que eu estava certo - e não o contrário - no tocante a postura profissional do jornalista assassinado. E mesmo não apreciando o seu questionável trabalho jornalístico, fiz mais dos que seus amigos e aliados de primeira hora, que, de forma vergonhosa, tentaram impedir os trabalhos da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, que sequer fora recebida pela Secretaria de Seguraça.
No início dos trabalhos de investigação, os deputados federais não fizeram a audiência pública daquela comissão na sede do Poder Legislativo Estadual, como seria de se esperar, onde se acotovelavam vários aliados do Governo do Estado, mas sim na sede da OAB, por intermédio da comissão que presido.
Estranhamente, os mais íntimos de Décio afastaram-se de qualquer contribuição mais significativa, para a elucidação do caso, quando perceberam que, na rede intrincada de colaboradores diretos e indiretos da quadrilha de assassinos, havia gente muita próxima. Incômoda e estranhamente próxima.
Não fosse a minha profunda indiferença pelo que dizem os boçais do sistema, talvez a esta altura o jornalista morto teria sido santificado por uma frase calculadamente cunhada pelo Senador Sarney: "um grande homem, jornalista, lutador e defensor da liberdade fundamental da
democracia, a liberdade de imprensa”.
Pois bem, eu me opus frontalmente a esta frase, a partir do conhecimento que até as pedras têm a respeito da postura profissional de Décio. Depois de mim, vários outros jornalistas ou blogueiros passaram a partilhar da mesma opinião, fragilizando a estratégia da alcatéia de cínicos.
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Os resultados das investigações do assim denominado "inquérito da agiotagem" também, como era de se esperar, comprometeram flagrantemente os tais argumentos hipócritas, sustentados sobretudo pelos fios dos bigodes do Sarney.
Agora, por ocasião da disputa de chapas na OAB, uma dessas carpideiras tardias volta à carga contra mim, a despeito de tudo o que foi publicado sobre o episódio. Seu objetivo, conforme se depreende de post anterior, é se imiscuir nas eleições da Ordem, por obra e graça de interesses que nem de longe refletem uma defesa da memória de Décio. A morte do jornalista está sendo usada de novo, para encher os bolsos de seus pseudo amigos.
O problema dessa artimanha política da chapa muradiana é que a classe dos advogados é bem informada e aprecia boas leituras. É evidente que por trás dela está o desejo insano de controlar uma das poucas instituições que se mantêm independentes do laço oligárquico e de seus interesses.
Para os advogados é questão mediana: a Ordem dos Advogados deve ser independente; doa a quem doer!
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