A reportagem do jornal O Globo afirma que a relação entre o número de armas legais e o número de assassinatos nos estados não é diretamente proporcional.
Juntos, os estados do Acre, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e Mato Grosso respondem por 33% das armas registradas na Polícia Federal.
Por outro lado, os cinco estados mais armados do país têm apenas 9% dos homicídios, segundo o Mapa da Violência 2011. Os dados referem-se ao ano de 2008, o ano mais recente com as informações de mortalidade disponíveis.
Os Estado com menor número de armas registradas são Pernambuco, Bahia, Ceará, Sergipe e Maranhão. Juntos, ele detêm 6% das armas legais e com registros ativos na Polícia Federal, mas respondem por 26% do total de mortes registradas em 2008.
A reportagem conclui que na opinião dos especialistas a conclusão é que a maioria das mortes ocorrem por arma de fogo ilegais. Verdade quem tem arma com registro (e o registro é caro) geralmente não se envolve em disputas de boteco. Aliás, dentro das estatísticas criminais, os bares representam o cenário preferido para a ocorrência de homicídios.
Acrescento mais: Em alguns Estados do Nordeste, como é o caso do Maranhão, as desavenças pessoais, na maioria das vezes se resolvem, por golpes de arma branca.
A realidade sócio-econômica dos Estados também devem ser levadas em consideração. Nos Estados mais pobres, mesmo o acesso às armas de fogo ilegais é dificultado, em razão das condições econômicas da grande maioria da população. Deve ser por isso que o maranhense recorre muito à famosa "peixeira".
No interior do Estado, o costume de andar com a peixeira na cintura é muito comum. Em alguns municípios até se joga pelada com faca na cintura, para uma eventual "necessidade".
Eu não sei em quais das rádios AM da Capital figurava (ou ainda figura) um locutor de notícias policiais onde o mote era (ou ainda é) a expressão FAAACADA! Depois desse mote vem a narrativa dos casos, muitas vezes uma extensa lista de episódios violentos, envolvendo o uso de arma branca.
Contudo, não se deve chegar ao raciocínio extremo: o de que aumentar o número de armas registradas signifique por si só dimunir os homicídios. O controle da posse de arma de fogo é apenas o primeiro passo em direção à diminuição dos índices de violência, incluindo os de homicídios.
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