http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,bancada-evangelica-da-camara-deve-presidir-comissao-de-direitos-humanos,1002798,0.htm
Pastor Marcos Feliciano, virtual novo presidente do colegiado, escreveu em 2011 que amor entre pessoas do mesmo sexo levava ao ódio e ao crime
28 de fevereiro de 2013 | 17h 59
Bruno Lupion e Ricardo Chapola, de O Estado de S.
Paulo
SÃO PAULO - O PSC quer indicar o deputado federal e
pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos e
Minorias da Câmara dos Deputados. Em 2011, Feliciano foi protagonista de uma
polêmica ao escrever, em sua página no Twitter, que o amor entre pessoas do
mesmo sexo levava "ao ódio, ao crime e à rejeição" e que os descendentes
de africanos seriam "amaldiçoados".
Divulgação
Feliciano avalia que a Comissão se tornou
um espaço de defesa de 'privilégios' de gays
Ele avalia que a comissão hoje se tornou um espaço de defesa de "privilégios" de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais e defendeu "maior equilíbrio". "Se tem alguém que entende o que é direito das minorias e que já sofreu na pele o preconceito e a perseguição é o PSC, o cristianismo foi a religião que mais sofreu até hoje na Terra".
A possibilidade de Feliciano assumir a presidência da comissão gerou revolta entre parlamentares. O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-SP) afirmou ser "assustador" que o pastor assuma o órgão. "Ele é confessadamente homofóbico e fez declarações racistas sobre os africanos", afirmou.
Para a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), ex-vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, a escolha do pastor marca uma fase "obscura" do colegiado, pois a postura de Feliciano atentaria contra os princípios básicos dos direitos humanos. "Corremos o risco de mergulharmos no obscurantismo e negarmos a história da comissão. (O nome de Feliciano) não nos tem dado segurança. Posturas homofóbicas e racistas atentam contra os princípios básicos dos direitos humanos", disse.
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