Nos Estados Unidos, uma série de manifestações dos trabalhadores terminaram em tragédia, em 1886. A jornada de oito horas era a principal reivindicação dos movimentos que emergiram em Boston, na Filadélfia, e em Nova York.
Com a depressão econômica de 1884-85, as condições de vida da massa dos trabalhadores se deterioraram ainda mais. Uma greve geral foi convocada para 1º de maio, o dia nacional de renovação dos contratos de trabalho.
O episódio desencadeou uma criminalização aos líderes do movimento operário. Processos judiciais sem qualquer imparcialidade condenaram à morte por enforcamento sete operários e outro a quinze anos de prisão.
No dia 3, cerca de seis mil operários que permaneciam em greve se reuniram em frente à fábrica McCormick Harvest Works, em Chicago, em manifestação pacífica. A polícia entrou em cena para reprimir o movimento, usando a violência. Os incidentes deixaram um saldo de seis mortos e 50 feridos.
No dia seguinte, em resposta, operários anarquistas convocaram, com autorização oficial, um ato de protesto contra a ação da polícia. No meio do comício, uma bomba foi arremessada na direção de policiais que tentavam dispersar a multidão.
O episódio desencadeou uma criminalização aos líderes do movimento operário. Processos judiciais sem qualquer imparcialidade condenaram à morte por enforcamento sete operários e outro a quinze anos de prisão.
Seguiu-se a luta pela comprovação da inocência dos "oito mártires de Chicago, que se transformou em símbolo mundial da injustiça do Estado capitalista contra a classe trabalhadora. A luta se fortaleceu após a execução de cinco dos condenados.
O episódio repercutiu nos rumos da 2ª Internacional dos Trabalhadores, a organização marxista criada em Paris, e, 1889. Neste Congresso, a entidade decretou o 1º de maio como Dia Internacional do Trabalho.
Portanto, em que pesem os desvios ideológicos de algumas centrais sindicais que transformam o símbolo da revolta em piquenique, o 1º de maio é dia de luta e de reflexão.
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