Por seu lado, a tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), hegemônica internamente, já pensa em responder com um outro encontro, desta vez com adeptos da candidatura do grupo Sarney.
Do lado da "Resistência", a mesma estratégia: sinalizar fidelidade ao projeto nacional, com querem Lula e Dilma, apenas discordando da proposta local, de aliança com o grupo oligarca. Parece uma proposta de amor claramente masoquista.
Do lado da CNB, reproduzir o discurso de adesão total ao projeto nacional do PT, que inclui obviamente a aliança com o PMDB, principalmente com o do Sarney.
Na carta da "Resistência", algumas recursos de retórica, tais como:
a) a política predatória dos grupos que governam o Maranhão (e eles omitem de propósito Weverton Rocha, Aziz, Zé Vieira, Dedé Macedo, Othelino, etc).
b) O controle dos Sarneys impedem que o povo maranhense usufrua dos benefícios do governo do PT (esquecem que o PT está no governo estadual e que o governo do PT, nacionalmente falando, é aliado prioritário do agronegócio e do latifúndio e, portanto do atraso);
c) Em nome de tais benefícios, eles pregam a aliança com todos os grupos políticos e os movimentos sociais (mas omitem que os movimentos sociais lutam contra as mazelas que a coalizão PT-PMDB exatamente sacralizam, como mal necessário ao exercício da nova dinâmica do poder);
d) E para ficar por aqui: eles dizem que assim vão combater a corrupção e a privatização do Estado (aqui seria preciso desligar a televisão e deixar de ler os jornais diários com os escândalos do PT e também esquecer a trajetória lombrosiana dos aliados de Flávio Dino no Estado).
Para efeito didático, leia a nota abaixo, se quiser:
CARTA DOS PETISTAS PELA MUDANÇA DO MARANHÃO
No momento em que a vida humana é ameaçada por uma política predatória dos grupos que governam o Maranhão; no momento em que o controle político do grupo Sarney impede que o povo maranhense usufrua dos benefícios da República e dos efeitos dos governos Lula e Dilma; no momento em que os indicadores sociais do Estado revelam o caráter concentrador e excludente do modelo de desenvolvimento regional, nós, petistas, coerentes com o programa do PT, nos reunimos em encontro estadual e declaramos apoio à candidatura de Flávio Dino ao governo do Estado do Maranhão e à reeleição de Dilma Roussef à Presidência da República.
Tomamos essa decisão convencidos de que somente um governo estadual comprometido com as mudanças estruturais do Brasil pode ajudar a presidenta Dilma a fazer as reformas que o país precisa e o povo pede. Apenas um governo que tenha como horizonte as mudanças da política pode impulsionar um programa de desenvolvimento que altere os indicadores sociais do Estado. Para que isto aconteça, nós defendemos a construção de uma ampla aliança com todos os grupos políticos e movimentos sociais que desejam encerrar nesse momento da história do Maranhão e criar novas condições para o exercício da cidadania, dos direitos, em nosso Estado.
Em razão dos indicadores sociais do Maranhão, a campanha de 2014 ganhou caráter humanitário. A candidatura de Flávio Dino é uma candidatura em defesa da vida e da cidadania. Por esta razão, nós defendemos um programa de governo baseado em três pilares: (a) combate a corrupção e à privatização do Estado, que transfere recursos públicos para grupos privados; (b) adoção de modelo desenvolvimento que eleve de forma sustentável os indicadores sociais, através de políticas públicas democráticas e transparentes; (c) estabelecimento de relações justas e democráticas entre Federação, Estado e Municípios e entre poderes executivo, legislativo e judiciário.
São Luís, 13 de abril de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário