Ontem, juntamente com o advogado Igor Almeida (da SMDH) fizemos o atendimento dos detentos lesionados. Um pavilhão da unidade prisional foi praticamente destruído. Havia colchões e objetos dos presos destruídos e amontoados no corredor. O cenário era de destruição, com notícias de uma greve de fome se alastrando para outras unidades prisionais.
Os presos relataram que o Geope entrou e um agente penitenciário desferiu um tapa no rosto de um preso, que revidou. Após isso, o preso foi castigado duramente e ontem teve que ser carregado para o atendimento.
Houve disparo de armas letais, pelo visto. Os presos reuniram cápsulas e apontaram marcas de tiros no muro do pátio. Um procedimento foi instaurado junto à Corregedoria do Sistema Penitenciário, mas a OAB representará para que se apure a ocorrência do crime de tortura.
Como resposta ao Geope, o pavilhão trabalhou sem parar a construção de um túnel para fuga. Constatamos grande quantidade de terra, armazenada nos interiores da celas, durante dois dias ininterruptos de trabalho ostensivo dos presos.
A Força Nacional foi chamada a intervir, porque os detentos mobilizados impediam o acesso das autoridades penitenciárias até o local do túnel. Houve o emprego da força para a desobstrução.
Lideranças do Primeiro Comando do Maranhão agora ameaçam quebrar a cadeia caso providências não sejam adotadas contra o Geope.
Continuamos aguardando providências no tocante a superlotação, porque os efeitos do mutirão carcerário ainda são tímídos nesse aspecto.
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