Imagem: blog do Marcial Lima
O engarrafamento monstruoso que se formou em São Luís, na sexta-feira, dia 21 de março, também teve uma contribuição de um fato isolado da questão da mobilidade urbana.
Imagem: Blog do Marcial Lima
Na Avenida Carlos Cunha, na altura do bairro Jaracaty, o adolescente M. R. da C., 17 anos, foi morto pela ROTAM, grupo recém-criado pela Polícia Militar do Maranhão. O grupo foi criado no mesmo modelo do Bope, do RJ, que usa como símbolo uma caveira. A inspiração infeliz tem a pretensão de fazer o combate às facções criminosas que atuam especialmente na região metropolitana de São Luís.
Os moradores do Jaracaty, revoltados com o fato, promoveram uma manifestação, interditando a ponte Bandeira Tribuzzi, por mais de uma hora, agravando o engarrafamento provocado por outro protesto, na altura da Praia Grande.
Imagem: Blog do Marcial Lima
Antes de morrer, ele havia assaltado uma mulher em cima da ponte Bandeira Tribuzzi. Depois disso, foi perseguido e baleado pelos policiais da ROTAM.
Segundo a PM, o adolescente morto já tinha praticado vários crimes na região do Jaracati, principalmente nas avenidas Carlos Cunha e Odorico Amaral de Matos, tendo sido apreendido várias vezes. Ele teria sido morto em confronto com os policiais.
Nas rádios, ouvi vários moradores do local se manifestarem, apresentando uma versão diferente. Eles alegaram que o adolescente foi morto quando algemado.
Nas rádios, ouvi vários moradores do local se manifestarem, apresentando uma versão diferente. Eles alegaram que o adolescente foi morto quando algemado.
Até ver as fotografias que o Blog do Marcial Lima divulga, tinha alguma dúvida. As imagens retratam o adolescente ao lado da mãe, algemado. Numa outra fotografia, aparece um ferimento na parte posterior da cabeça.
Vai ser difícil para a ROTAM explicar um confronto com o adolescente algemado, morto com um tiro por trás. É muito mais fácil culpar a trajetória infracional do adolescente e seus pobres e miseráveis pais, se é que os tinha. Mas corpo de pobre estirado no chão não causa estupor de quase ninguém. A coisa só vai pegar mesmo quando eles pegarem um playboy, por descuido.
Durante toda a noite do dia 21, ouvi nas rádios AMs a defesa da versão da polícia: ou seja o confronto. Apesar de toda a violência que atravessamos, já podemos esperar uma nova contribuição da polícia para retaliações de todos os tipos. Mas há quem aplauda este tipo de intervenção.
Vai ser difícil para a ROTAM explicar um confronto com o adolescente algemado, morto com um tiro por trás. É muito mais fácil culpar a trajetória infracional do adolescente e seus pobres e miseráveis pais, se é que os tinha. Mas corpo de pobre estirado no chão não causa estupor de quase ninguém. A coisa só vai pegar mesmo quando eles pegarem um playboy, por descuido.
Durante toda a noite do dia 21, ouvi nas rádios AMs a defesa da versão da polícia: ou seja o confronto. Apesar de toda a violência que atravessamos, já podemos esperar uma nova contribuição da polícia para retaliações de todos os tipos. Mas há quem aplauda este tipo de intervenção.
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