quinta-feira, 19 de julho de 2012

Nada como um ano Eleitoral: descobriram que tem merda na praia!


Nada como um ano eleitoral, para fazer políticos tradicionais saírem da toca. A estratégia é não fazer nada durante 3 anos e empurrar tudo para o último ano. Foi assim que Jackson foi cassado com centenas de milhões represados no orçamento. Ele preparava a estratégia de obras para o ano eleitoral. Com a cassação iminente, celebrou convênios, depois impugnados na Justiça.


Castelo não faz diferente. A cidade virou um canteiro de obras, o que não resolverá a demanda por serviços públicos, represada nos últimos quinze anos de desgovernos. Os bairros continuam penando por obras de infra-estrutura e mesmo a operação tapa-buraco de última hora não será capaz de dar uma nova feição às ruas e avenidas.

Roseana, com candidato a prefeito nas ruas, lembrou agora que as praias estão contaminadas. Afirmou publicamente, e sem ruborizar, que acha que a situação não é tão catastrófica assim. Deveria provar a sinceridade de suas convicções dando algumas braçadas na Ponta d' Areia. De quebra levando junto seu Secretário de Saúde.

O grupo político de Roseana é responsável pelo sucateamento da CAEMA. Durante seu atual mandato, nunca investiu nada na Companhia de Águas e Esgotos estadual. Apesar das ações civis públicas ajuizadas pelo Ministério Público, o governo estadual faz questão de não cumprir decisões judiciais ou de cassá-las junto aos Tribunais, historicamente.

A Adutora Italuís é o símbolo da impunidade e da improbidade administrativa do modelo de gestão oligárquico. 

Sabe-se que parte das verbas destinadas ao projeto original foram desviadas. Jamais houve manutenção séria em todo o corroído sistema de adutoras, ao longo dos 55 km, que abastecem a capital.

Para se ter um exemplo mais recente, em 2001, o TCU encontrou várias irregularidades na obra de construção e recuperação da adutora, o que deu origem a uma ACP, ajuizada pelo MPF. A sentença de primeiro grau foi derrubada pelo TRF.

Na época, ficou constatado que houve superfaturamento nos contratos celebrados pela CAEMA com as construtoras OAS e Gautama, no então Governo Roseana. A construtura baiana (OAS) vicejava no Maranhão, no período em que Sarney mantinha boas relações com Antônio Carlos Magalhães. Dos 300 milhões e 400 mil do orçamento da nova adutora, metade foi abocanhado pela OAS. A outra metade coube à paulistana Gautama, mas também originária da Bahia.

Antes mesmo que o TCU suspendesse o contrato em 2002, as construtoras receberam 10% do valor da obra (cerca de 31 milhões). As duas empresas co-irmãs são famosas. A OAS, pertencente então a César Mata Pires, ex-genro do finado Antônio Carlos Magalhães, foi muitas vezes acusada de favorecer esquemas de desvio de verbas públicas, no Maranhão, na Bahia e em outros Estados onde atuou. A Gautama, pertencente a Zuleido Veras, lembremos, ficou também famosa por ocasião da prisão de dezenas de políticos e empresários,l incluindo o ex-governador maranhense José Reinaldo, dois sobrinhos do ex-governador Jackson Lago e o então ministro Silas Rondeau (Minas e Energia), este último pertencente ao grupo do Senador José Sarney.

Mais recentemente, São Luís está sendo penalizada pelos sucessivos rompimentos da Adutora, que não suporta mais a pressão de água condizente com o abastecimento de vários bairros e localidades da cidade. Os consumidores, que aguardam providências das autoridades, com a lata d' água na cabeça, ou comprando o líquido precioso de carros pipa, foram surpreendidos com um aumento da tarifa de 86,9%.

Antes de se eleger, Roseana prometeu investimentos de 255 milhões de reais para solucionar definitivamente o problema. Agora aparece anunciando 124 milhões para a construção de 3 Estações de Tratamento de Esgotos.

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