São Luís não é apenas o maior colégio eleitoral do Estado. É a Capital e o espaço de maior visibilidade para aquele que tem pretensões políticas ao Executivo Estadual.
Desconheço o governador que tenha sido eleito desconsiderando a votação de São Luís e sua região metropolitana. Todos as movimentações políticas estratégicas para o poder estadual passam por aqui.
Mas São Luís hoje é um problema para a sucessão estadual. O PCdoB, partido do governador, preteriu Duarte Júnior como candidato à prefeitura da Capital, com algumas razões de cunho ideológico. Duarte foi para o Republicanos e lançou-se candidato com a pareceria de Josimar do Maranhãozinho.
O PCdoB traçou a estratégia: trouxe Rubens Júnior para a Secretaria das Cidades, onde deveriam ocorrer ações para dar maior visibilidade ao futuro candidato a prefeito do partido. Entrou Gastão Vieira, ex-sarneísta, suplente arrependido.
Rubens veio para São Luís, onde nunca foi seu principal colégio eleitoral. Deveria saber que enfrentaria dificuldades. A SECID não projetou Rubens e a estratégia se revelou falha.
Rubens é o candidato do Governador e do Lula, como ele mesmo afirma na campanha, mas está amargando o quarto lugar, a uma distância razoável do terceiro colocado, Neto Evangelista.
Dizem que foi estratégia do Dinismo lançar vários candidatos ligados à sua base, para forçar um segundo turno. Ainda que a tática seja certa, se Rubens ficar de fora do segundo turno a sucessão estadual sofrerá grande impacto.
Teremos, pois, um governador sem sucessor ideológico. Rubens certamente seria esse sucessor, mas está tendo previsível dificuldades.
Dino pretende alçar voo mais alto, quem sabe a candidatura a presidência da república. No meio do caminho, o Senado. Terá que realizar um desses objetivos em meio a uma campanha ideologicamente mais confusa do que a atual, em 2020.
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