Extra Globo
"O pastor Marcos passou a dizer que sempre que ele mandasse que eu viesse sem as roupas de baixo, ou seja, de roupão, eu deveria atender", conta, em depoimento, uma vítima que na época tinha somente 14 anos.
Ela relata que, nessas visitas, o religioso pedia que suas vítimas tirassem o roupão, apalpava-as e, por vezes, chegava a consumar o ato sexual no local. Outra vítima afirma que, em uma dessas visitas, o pastor "tirou seu roupão, colocou-a de bruços e tentou penetração em seu ânus".
Ao todo, a Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) enviou seis inquéritos ao Ministério Público com vítimas diferentes. Durante a investigação, 20 outras mulheres foram citadas como vítimas.
Uma delas, ouvida pelo EXTRA, afirmou que esses pedidos eram comuns.
- Via várias meninas indo ao banheiro e tirando a calcinha antes de entrar no gabinete. Eu mesma tive que fazer isso - contou a jovem, que tem medo de se identificar por ameaças de integrantes da igreja após a prisão do pastor Marcos.
Os relatos revelam de que maneira o pastor conseguia convencê-las a aceitar os abusos. "Nós tínhamos que deixar o pastor fazer isso conosco para que ele não pecasse com mulheres do mundo exterior", diz uma das jovens. Marcos teria dito a elas que "sentia muitos desejos da carne, que estava muito tempo sem esposa":
- Ele dizia que éramos mulheres santas, deveríamos ter orgulho porque ele não tinha que se sujar com mulheres do mundo - contou uma vítima ao EXTRA.
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