quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

A difícil transição

 Flávio Dino (PSB) prepara a sucessão de governo no clima de divisão do grupo que lhe dá sustentação. Teve tempo para se preparar, uma vez que esse processo foi experimentado nas eleições municipais, onde Eduardo Braide (Podemos) sagrou-se vitorioso diante da pulverização de candidatos oriundos da base do governador.

A divisão agora acontece com Weverton Rocha (PDT) e Carlos Brandão (PSDB), este último tendo a seu favor a preferência de Flávio Dino. O final do mês de janeiro seria o marco para a definição do grupo a respeito de quem seria o sucessor.

Weverton aparece na frente das pesquisas, só ficando em segundo lugar quando emerge no cenário a candidatura de Roseana Sarney, que já se lançou candidata ao governo nos últimos dias. Além desses três candidatos, são pretendentes ao governo Simplício Araújo (Solidariedade), Josimar do Maranhãozinho (PL), Edivaldo Holanda Junior (PSD), Enilton Rodrigues (PSOL), Lahesio Bomfim (PTB) e, possivelmente, Roberto Rocha (PSDB).

Muitas águas vão rolar ainda debaixo da ponte, ao que parece, diante da indefinição do cenário político nacional. As costuras do candidato Lula podem repercutir em vários Estados, incluindo o Maranhão. O debate sobre federações também.

É muito provável que Flávio Dino leve Carlos Brandão para o PSB, seu partido, que costura a mais consistente aliança com Lula. As negociações estão ainda em andamento, envolvendo várias unidades da federação, como PE, RGS, SP, ES, e RJ. 

Enquanto isso, Weverton Rocha também se movimenta, tentando trazer o PT para sua coligação e partidos como o PSOL, que, para sustentar a candidatura de Boulos em SP tenta fazer acordos com o PDT do Maranhão.

Edivaldo Holanda, por seu percentual de votos na capital, e Maranhãozinho por seu poder econômico e força política no interior também poderão desequilibrar a disputa, sendo provável que serão procurados para um eventual acordo para favorecer um dos principais candidatos da disputa eleitoral.

O fato é que a candidatura ao Senado de Flávio Dino dependerá também de seu desempenho na difícil tarefa de conciliar seu grupo de apoio. Havendo a cisão, o Senador Weverton provavelmente buscará apoiar outro candidato ao Senado, havendo margem grande de manobra para acordos com Edivaldo ou Josimar.




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