Essa é uma pequena prova da situação atual dos presídios. Não trata da omissão no atendimento médico e nem dos maus tratos. Não fala ainda das péssimas condições de infra-estrutura e salubridade da maioria dos presídios.
Apenas dá uma ideia singela de que a superlotação é a companheira inseparável da lógica das facções. De acordo com essa lógica, o sistema teria que ofertar pelo menos três presídios para cada etapa de progressão de regime: fechado, semiaberto e aberto.
Isto se levarmos em consideração apenas as duas grandes facções: Bonde e PCM. O terceiro presídio de cada etapa teria que ser neutro. Mas, convenhamos, essa é a lógica das facções. O quadro acima representa o esforço do governo para acomodar a situação.
Isso não quer dizer que o governador esteja saindo de sua poltrona no Palácio para fazer acordos com líderes facciosos. Quer apenas indicar que o Estado recuou da sua tarefa de ter o sistema prisional sob seu total controle.
Isso começou no final do governo Roseana, muito criticado pelo grupo que comanda o governo atual. Naquele período, após a divisão dos presídios por facções, os índices de morte chegaram a zero até o final de 2014. Agora o que se faz é apenas exigir mudança.
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